Estrelíssima

Era uma estrelinha bem pequenininha.
Vivia brilhando perdida, lá no céu, no meio das galáxias cheias de estrêlas.
Um dia, a estrelinha acordou muito triste, olhando o Sol, e ficou lá, estrelando os seus pensamentos:
- O que é que adianta o meu brilho?
Eu sou tão pequena!
Tem tanta estrêla bonita no céu.
Veja a estrêla-d'alva, as três-marias, todas estrêlas importantes.
Se elas de repente sumirem do céu todo mundo vai ficar procurando.
Eu, não.
Ninguém sabe que eu existo, acho que vou parar de brilhar.
E cada dia foi brilhando menos.
Não acordava quando a noite chegava.
Cochilava, trocava a noite pelo dia.
A sua luz foi diminuindo mais e mais, parecia um vagalume no mato.
Não prestava mais atenção ao nascer e ao pôr-do-Sol.
Não ligava para as fases da Lua, tanto fazia se a Lua fosse cheia, quarto crescente ou minguante.
Ela só queria dormir no infinito.
Até que, um dia, o Sol, que cuida muito das estrelinhas, ficou preocupado com a fraqueza de seu brilho e mandou um de seus raios conversar com ela.
E a estrelinha disse o que sabemos.
O raio de Sol ficou calado um tempão.
Depois, falou sorrindo:
- O que seria do céu se todas as estrêlas fossem iguais? O brilho do céu depende da soma de todas as estrelinhas. Todas são importantes. Nenhuma luz pode se apagar no céu. O destino da estrêla é brilhar!
O raio de Sol foi embora e, naquela noite, quando a escuridão chegou, a estrelinha voltou para o céu e viu suas irmãzinhas brilhando, formando um imenso tapete de luz.
E sorrindo, modestamente, falou:
- Vou brilhar de novo, minhas irmãs.
E a estrelinha brilhou e até hoje brilha, pequenininha, na imensidão do céu escuro, alegremente!

Autoria desconhecida 

Se você conhece a autoria desta fábula, por favor envie-me para que eu possa dar crédito à mesma.

Um comentário:

  1. Amo estrelas que cintilam no céu e deixam nosso caminho prateado por aqui...
    Linda!!!
    Abraços

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