Hans Christian Andersen

Célebre poeta e novelista dinamarquês, nascido em 2 de abril de 1805 em Odense. Era pobre, meio desajeitado e alto demais para sua idade quando criança.
Andersen nasce no mesmo ano em que Napoleão Bonaparte obtinha suas primeiras vitórias decisivas. Assim, desde menino, vai respirar a atmosfera de exaltação nacionalista. A Dinamarca também se entrega à descoberta dos valores ancestrais, não com o espírito de auto-afirmação política, mas no sentido étnico, de revelar o caráter da raça. Tal como fizeram os Irmãos Grimm. Andersen foi um escritor que se preocupou, essencialmente, com a sensibilidade exaltada pelo Romantismo.
Seu pai era um pobre sapateiro, que todos os dias encenava estórias para o filho, proporcionando-lhe diversão e incentivando a criatividade como maneira de melhorar a vida dura que levavam. Com a morte do pai, Hans ficou entregue a sua iletrada e negligente mãe. Assim, aos 14 anos fugiu de casa e foi para Copenhague, onde conheceu o diretor do Teatro Real, Jonas Collin. Trabalhou no teatro como bailarino, corista e autor de tragédias, enquanto Jonas financiava seus estudos. Em 1828, ingressa na Universidade de Copenhague. O sucesso como escritor só viria depois da publicação, entre 1835 e 1842, de seis volumes de estórias infantis, considerados uma obra-prima da literatura mundial.
Há a hipótese de que, ao escrever "O Patinho Feio", o autor tenha se inspirado em sua própria infância.
Entre os títulos mais divulgados de sua obra estão: "O Patinho Feio"; "O Valente Soldadinho de Chumbo"; "A Roupa Nova do Rei", "A Sereiazinha" e "João e Maria".
Embora entre suas estórias haja muitas que se desenrolam no mundo fantástico da imaginação, a maioria está presa ao cotidiano. Andersen teve a oportunidade de conhecer bem os contrastes da abundância organizada, ao lado da miséria sem horizontes. Ele mesmo pertenceu a essa faixa social. Andersen vai tornar mais explícitos os padrões de comportamento exigidos pela Sociedade Patriarcal, Liberal, Cristã, Burguesa que então se consolidavam. A par desses valores éticos, sociais, políticos e culturais, que regem a vida dos homens em sociedade, Andersen insiste, também, no comportamento cristão que devia nortear pensamentos e ações da humanidade, para ganhar o céu.
Foi, assim, a primeira voz autenticamente romântica a contar estórias para as crianças e a sugerir-lhes padrões de comportamento a serem adotados pela nova sociedade que se organizava. Na ternura que ele demonstra, em suas estórias, pelos pequenos e desvalidos, encontramos a generosidade humanista e o espírito de caridade próprios do Romantismo. No confronto constante que Andersen estabelece entre o poderoso e o desprotegido, o forte e o fraco, mostrando não só a injustiça do poder explorador, como, também, a superioridade humana do explorado, vemos a funda consciência de que todos os homens devem ter direitos iguais.
É considerado o precursor da literatura infantil mundial. Em função da data de seu nascimento, comemora-se em 2 de abril o Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil. O prêmio internacional mais importante na literatura infanto-juvenil é conferido pela International Board on Books fou Young People - IBBY. Esta premiação é representada pela medalha Hans Christian Andersen. Em 1982, Lygia Bojunga foi a primeira representante brasileira a ser contemplada com esta medalha.
Hans Christian Andersen faleceu em Copenhague, em 1875.

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