A águia dourada

Um homem encontrou um ovo de águia e o colocou debaixo da galinha que chocava seus ovos no quintal. 
Nasceu uma aguiazinha com os pintos e com eles crescia normalmente. 
Durante todo o tempo a águia fazia o mesmo que faziam os pintinhos, convencida de que era igual a eles. 
Ciscava, ia ao chão buscando insetos e pipilava como fazem os pintos, e como eles, também batia as asas conseguindo voar um metro ou dois porque, afinal de contas, é só isso que um frango pode voar, não é verdade? 
Passaram-se anos e a águia ficou velha. 
Certo dia, ela viu, riscando o espaço, num céu azul, uma ave majestosa, planando, no infinito, graciosa, levada, docemente, pelo vento sem nem sequer bater a asa dourada. 
A águia do chão olhou-a com respeito e logo, perguntou ao seu amigo: 
- Que tipo de ave é aquela que lá vai? 
- É uma águia! É rainha" - diz-lhe o amigo - mas é bom não olhar muito para ela, pois nós somos de raça diferente, simples frangos do chão e nada mais.  
Daí por diante, então, a pobre da águia nunca mais pensou nisso, até morrer convencida de ser uma simples galinha.

Autoria desconhecida

Se você conhece a autoria desta fábula, por favor envie-me para que eu possa dar crédito à mesma. 

Um comentário:

  1. Infelizmente vai continuar sem créditos, mas dentre muitos pontos tratáveis o que retemos para nós é que 'independente das cisrcuntâncias seremos nós mesmos sempre, embora o sistema nos aprisione querendo nos fazer parar e pensarmos que não podemos voar, pois é preciso tão somente um pouco de visão para tirarmos os pés do chão e voarmos rumo ao infinito'.

    Para águia seria preciso somente que alguém a impulssionasse, encorajando-a ao voo. Precisamos às vezes...

    Parabéns pela publicação.

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